Oblas

Oblas
Você é nosso visitante nº1.Seja bem-vindo!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Whatever Works - Woody Allen - Filme do dia

Tudo Pode Dar Certo - Woody Allen
Classificação: Recomendadíííssimo!















"Alô, alô, marciano.Aqui quem fala é da Terra.Pra variar estamos em guerra.Você não imagina a loucura.O ser humano ta na maior fissura porque tá cada vez mais..." “Tudo pode dar certo” passa a ser o lema do protagonista que metaforicamente vê a terra como um Marciano. Boris é um dos personagens mais engraçados dos últimos tempos, interpretado por Larry David, um alterego claro do diretor,pois ainda mais hipondríaco,inseguro e encanado,mas é também mais genial e agressivo-tendo quase ganho um premio Nobel de Física-tem uma visão pessimista sobre o mundo e as pessoas ao seu redor.

Em um dia, voltando para casa, Boris conhece Melody (Evan Rachel Wood) o seu contraponto perfeito: uma menina alegre, bobinha, mas com súbitos de inteligência, mesmo que ela não saiba o que acabara de dizer.Esta união repentina, transformou do ar melancolico que se ploriferava à plateia, um novo romance,uma nova fase.O Protagonista que em diversos momentos quebra a "quarta cortina" para conversar com o respeitável público o qual compartilha suas angústias e filosofias de vida,julgando inclusive que este é tão inteligente e tem tantas referências quanto ele.Uma bela sacada de Woody Allen que em momento de extrema inspiração e coragem chamou David para ser Boris, o Woody Allen do momento..

As grandes maravilhas dos filmes de Woody Allen já não são nenhuma novidade: os diálogos inteligentes, piadas bobas, personagens tocantes,explosivos e cheio de manias, com uma trilha sonora de comédias e um roteiro congruente e bem amarrado.E as ousadas integrações de Boris com o público,contaminando todos com sua genialidade pessimista e seu lema de que "Tudo Pode Dar Certo".Na minha opinião o desfecho é perfeito e nada previsível, pois, retrata de forma realista grandes instabilidades comportamentais envolvendo sentimentos subjetivos e comuns a jornada da vida, que se concentram à questão ideológica de Boris, e um reflexo de sua própia vida ser tão abstrata em si.Tendo sob meu particular ponto de vista, que o próprio Boris amadureceu em seu relacionamento com Melody,que aos poucos se mostrara menos calculista diante as novas oportunidades, fora as grandes mudanças melodramáticas e engraçadas dos antagonistas como a própia Melody,sua mãe e, seu pai.Que descobriram por fim,suas novas faces;e como diria Boris "Temporariamente felizes". Emergindo então, o "falso romance" qual o filme tomou a partir do momento em que Boris e Melody se conheceram a estilística comédia do feito do diretor e, digamos que, apimentada.


Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works, 2009) não é o filme que vai fazer você gostar de Woody Allen, nem de Larry David,se você já não gosta deles poderá acha-los ainda mais arrogantes e sem graça;principalmente se você for um dos "vermes" tão solenemente focados às criticas do protagonista ao decorrer do enredo.Mas quem já é fã dos dois certamente vai se divertir. Principalmente pelo jeito peculiar de tratar as coisas: aquele jeito trivial do verdadeirismo intenso, interno e externo a qualquer custo,sobretudo nos momentos importunos, que às vezes gostariamos de exaltar o que pensamos; porém reprimimos por viver em uma sociedade "igualitária".Entretanto, Boris não se mantém calado diante de todas estas falcatruas e fisiologismos universais.E manda muito nesse papel,substituiu Woody Allen com extrema autenticidade.Apesar de polêmico, um ótimo filme.Condizemos que cinema e polêmica andam lado a lado então... não se afobem,não julguem de maneria conservadora;simplesmente tentem relaxar e aprendam a "digerir" novas idéias e a "degustar" um filme bem feito.Que a luz esteja com vocês...ação!

domingo, 5 de setembro de 2010

Um Novo Caminho - Philippe Godeau - Filme do dia

Um Novo Caminho - Philippe Godeau
Classificação: Bastante recomendado
















Olá caro leitor,  Hervé (François Cluzet), dono de uma agência de notícias, decide se livrar da dependência ao álcool. Longe de tudo e graças aos outros, consegue lutar e começar uma nova vida...no entanto, será que ele conseguirá mantê-la? A resposta final depende do seu ponto de vista.Pois bem...

O filme se trata de um assunto delicado e se reflete ao estilo do Drama,com D maiúsculo, sem falsos moralismos, um elenco competente e uma direção segura.Em seu primeiro trabalho na direção, Philippe Godeau demonstra total segurança e Inteligência em “Um Novo Caminho”(Le dernier pour la route).pretende analisar um exemplo de superação ,ou seja,um passo no caminho do autoconhecimento através do conhecimento alheio.Típico dos filmes franceses.E para tratar de algo tão comum e "abafado" na sociedade, o filme deixa claro como o consumo excessivo de álcool é, sem sombra de dúvidas, uma doença de difícil tratamento e que pode levar à morte.

Todavia, a trama de "Um Novo Caminho" nos mostra métodos específicos de autosuperação, quando Hervé busca uma clínica de terapia em grupo para se entender melhor e largar o seu vício.Logo, quando ele se da conta de suas obscuras, verdades incovenientes; sua vida começa a se virar de "cabeça para cima" e um novo caminho se abre ao seu olhar.Belíssima sacada do diretor foi essa magia de filmar o sentimento com a ênfase que o silêncio têm,e apesar de todo esse sentimentalismo interno que desvenda-se pouco a pouco ao decorrer do enredo,torna-se tudo muito claro ao final  :a verdadeira força vem da mente.

O poder sobre a decisão de mudar, de sair do buraco e, se transformar, cabe a si mesmo, e a mais ningúem.A partir desse "insight",o protagonista Hervê vai descobrindo junto conosco, telespectadores, por flashs ao passado, compartilhando vivências e, uma boa dose de compaixão,os seus reais problemas e como isto tudo fazia mal às pessoas que amavam-o.Porém estavam fadados a presenciar esta sua autodestruição.Um filme profundamente humano que merece uma visualização maior do que apenas em pequenas salas de arte pela sua profunda mensagem transmitida ao público e qual ainda é tema para muitos "marujos de bares", "afogadores de mágoas".

Indubitavelmente você não sairá do cinema sem refletir,e muito; idealizando para si mesmo qual seria o final de Hervé; cujo diretor; de forma genial e comovente,deixa-nos de certa maneira implícita...cá entre nos, perderia a graça caso contrário.Mas as pistas para que a mente venceu este duelo são infindáveis(Como na cena do whisky), pois então, somente o mais pessimista dos cinéfilos poderia acreditar num final infeliz.Que a luz esteja com vocês...ação!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O Segredo dos seus olhos - Juan José Campanella - Filme do dia

O Segredo dos seus olhos - Juan José Campanella
Classificação: Recomendadíssimo
















Olá caro leitor,Benjamim Espósito (Ricardo Darin) é um promotor público aposentado que resolve escrever um livro policial, sobre um caso que lhe marcou anos antes e mudou sua vida. Ele se reencontra com sua chefe há época, a bela Irene (Soledad Villamil),grande revelação do filme, que ainda trabalha na seção pública. Em meio a memórias de um crime e de um romance que quase houve entre eles, Benjamim investiga não só seu passado como a si mesmo.

Com extrema precisão pelo diretor Juan José Campanella.Este filme é feito de coesão cena a cena como um fio é tecido na confecção de uma capa.Apesar de poder ser enquadrado como filme policial no estilo "whoduneit",quem cometeu o crime,no bom e velho estilo Hitchock,porém,muda-se suas faces quando chegamos ao seu ápice quando Irene,de maneira brilhante e sensual, seduz Isidoro Gómez (Javier Godino) na cena do interrogatório.A partir disso o filme deixa de ser um romance policial e transforma-se num suspense romantico.

Vale,também, ressalvar o contexto histórico pelo qual se passava a Argentina na época, devido a suas divergências polêmicas;como as idas e vindas do passado ao presente por flashs memoriais, que fazem paralelo a justiça obsoleta,ou a siutações econômicas, modelando;por si, à última ditadura.Ou seja,Isabel Perón estava no poder e durante a contextualização da Guerra-Fria e a Política de "Embajament" com os EUA brotou-se a Aliança Anticomunista Argentina,grupo de repressão do Estado que recrutou gente da pior espécie, entre oficiais de polícia exonerados por delitos, civis com fichas criminais e matadores de aluguel.

Em suma, achei a indicação ao Oscar merecida.Com uma brilhate atuação dos atores,principalmente a "inexperiente" Soledad,mostrando que de inexperiente;não tem nada;e Pablo Sandoval (Guillermo Francella) que fez o papel de amigo fiel do Espósito e consagrou com chave de ouro sua carreira de comediante.Muito engraçado o seu papel.Todos os personagens contribuiram com muito talento, e boas surpresas;dismitificando o segredo dos olhos dos telespectadores.E acho (pois não o li mas ouvi falar sobre) que este seja um dous pouquíssimos casos cuja obra cinematográfica da um banho no livro adaptado "La pregunta de sus ojos" de Eduardo Sacheri.O que, ca entre nos,é bem difícil de se acontecer tendo em vista o trabalho necessário para se adaptar um livro ao cinema.Todavia, nesse caso, deve ter sido bastante divertido.
Que a luz esteja com vocês...ação!